Negócios em Pauta: Contratação e permanência de funcionários são tema de workshop
22 de Junho de 2018
A rotatividade de funcionários foi o mote do projeto Negócios em Pauta na última quarta-feira (20) em Lajeado. O workshop contou com a participação do diretor presidente do Grupo Imec, Leonardo Taufer; consultora organizacional da Capital Verde, Fabiana Corbellini; e da psicóloga e coordenadora de recrutamento, seleção e carreiras da Univates, Janaina Schneider, os quais debateram o tema "Turnover: como recrutar e manter profissionais". Afirmando que o processo de escolha dos trabalhadores é uma espécie de filtro, eles abordaram recrutamento, seleção, desenvolvimento e desligamento de colaboradores.
Sobre as práticas da Imec, Taufer revelou que a empresa vem aperfeiçoando seus processos para que não seja vista apenas como uma porta de acesso ao mercado de trabalho com baixa exigência de qualificação e que o grande desafio tem sido despertar nos selecionados o senso de propósito e a vontade de permanecer no grupo. Consciente de que os colaboradores impactam diretamente na satisfação dos clientes, ele afirmou que a seleção precisa considerar o perfil do candidato, suas crenças, em que baseia suas decisões e qual o sentido disso para a organização, a fim de garantir que ocorra uma convergência de valores entre ambas as partes. "A gente acredita que muito mais do que desenvolver pessoas, devemos recrutar bem", declarou.
A partir disso, Fabiana salientou que hoje são mais relevantes as competências comportamentais do que o conhecimento técnico. Para ela, o sucesso da contratação começa na definição do perfil, passa pela avaliação das atitudes e habilidades, e depende da resposta ao seguinte questionamento: "Que tipo de pessoa quero trabalhando comigo?". A profissional descreveu como fundamental o esclarecimento, no momento da contratação, do funcionamento do negócio, política de benefícios e, principalmente, do que se espera dele como membro da equipe, visto que sua permanência depende da consciência de onde ele pode chegar e pelo que deve lutar. Ela apontou: "As pessoas não saem (da empresa) por causa do salário. Elas saem porque não têm norte".
Janaína também lembrou que muitas organizações ainda limitam os investimentos nos processos de recrutamento e desenvolvimento de funcionários por não entenderem a dimensão e o impacto disso no desempenho posterior, tendo como consequência a rotatividade e despesas ainda maiores com desligamentos e demissões. Ela ainda defendeu o acompanhamento dos contratados após a seleção e durante toda a sua permanência na empresa, mencionando que o comportamento é intrínseco ao ser humano e não pode ser mudado, mas que questões técnicas devem ser ensinadas e aperfeiçoadas. Para ela, o feedback é a forma mais direta de se informar ao trabalhador seu estágio de atuação na função para a qual foi escolhido e não deve ser visto apenas como um meio para repreendê-lo por algum erro: "Um funcionário não quer só fazer um bom trabalho. Ele quer ser reconhecido por isso".
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